O que é corporate venture capital?
25 de abr. de 2023
Além do private equity e venture capital, o CVC - ou corporate venture capital - também se encaixa como uma modalidade de investimentos em startups. Mais especificamente, as que se encontram em estágio inicial, assim como o venture capital. Ambos têm o objetivo principal de estimular o crescimento e a inovação dentro dessas companhias.
Aprenda a seguir:
O que é e como funciona o corporate venture capital?
Como o corporate venture capital pode ajudar as startups?
Qual a diferença entre o corporate venture capital e um fundo de PE/VC?
O cenário do venture capital no Brasil
O que é e como funciona o corporate venture capital?
Basicamente, o corporate venture capital é o fundo criado por uma empresa para investir diretamente em startups promissoras. Para entender melhor este contexto, é importante conhecer melhor a diferença entre private equity e venture capital. O primeiro é voltado para empresas mais maduras e consolidadas. Já o segundo, negócios em estágio inicial, na maioria das vezes, mais focados para o mercado tech.
A estratégia do corporate venture capital consiste em buscar parcerias com startups que possuam sinergia com o negócio da empresa investidora, possibilitando a criação de novas soluções disruptivas e produtos inovadores. Dessa forma, a empresa que investiu pode se beneficiar não só financeiramente, mas também por meio da incorporação de novas tecnologias e ideias em seu próprio negócio.
Como o corporate venture capital pode ajudar as startups?
Ao investir em uma startup por meio do corporate venture capital, a empresa investidora pode ter acesso a inovações que poderiam passar despercebidas. Isso é importante em setores altamente competitivos, em que as companhias precisam estar constantemente atualizadas e inovando para se manterem relevantes.
Saiba mais:
Além disso, o corporate venture capital também pode ser uma forma de diversificar os investimentos, já que as startups geralmente têm uma dinâmica de crescimento diferente das empresas já consolidadas. Junto ao aporte financeiro, que pode ser crucial em fases iniciais do negócio, a parceria pode trazer benefícios, como acesso a recursos, expertise e networking. Isso pode ser valioso para startups que estão em busca de clientes e parceiros para expandir suas operações.
Em resumo, o corporate venture capital pode ajudar a startup a ganhar mais visibilidade no mercado, já que a parceria com uma empresa experiente pode trazer mais credibilidade e reconhecimento. Isso pode ser especialmente importante para startups que estão em busca de novos investidores ou que desejam participar de programas de aceleração e incubação.
Qual a diferença entre o corporate venture capital e um fundo de PE/VC?
Antes, é preciso lembrar que, comparados ao corporate venture capital, o private equity e o venture capital são modalidades de investimento mais tradicionais, em que investidores aplicam capital em empresas já estabelecidas ou em estágios iniciais, respectivamente. Neste sentido, um fundo de PE/VC será voltado justamente para companhias que se enquadram nestes quesitos.
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As diferenças entre ambos vão desde a estrutura até os objetivos do investimento. O venture capital, por exemplo, pode ser composto por investidor anjo, family offices, outros fundos e empresas. Já a estrutura básica do corporate venture capital é majoritariamente baseada em fundos corporativos.
Grandes resultados: o CB Insights apurou que há cerca de dois mil CVCs ativos em todo o mundo, enquanto no Brasil existem pelo menos 150 fundos corporativos, com aporte anual de mais de R$ 2 bilhões.
O cenário do venture capital no Brasil
O cenário de private equity e venture capital no Brasil tem sido bastante promissor nos últimos anos. Com a crescente onda de startups e o empreendedorismo inovador no país, cada vez mais investidores têm se voltado para o mercado de privados, atraídos pelo alto potencial de retorno.
Enriqueça seu aprendizado:
Segundo a Preqin, consultoria britânica, os ativos sob gestão no mercado de private equity e venture capital devem somar US$11,12 trilhões até 2026. Em comparação com o investimento em renda variável, como a bolsa de valores, por exemplo, o momento do venture capital pode ser ainda mais atraente, já que o mercado de ações vem passando por uma volatilidade significativa nos últimos meses, enquanto os investimentos em startups podem apresentar um crescimento exponencial, além de ser fora da bolsa, o que favorece a relação de risco/retorno de um portfólio.
Publicado por Equipe Dealboard by DXA.